ℳ𝒶𝓇𝒾𝒶

No fim do dia a certeza amarga
da solidão mistura-se com a incerteza
do futuro que ainda está amorfo na memória
daqueles que romperão uma nova luz ao amanhecer.

Aqueles que tanto prezava já partiram
nos braços dos anjos que Deus enviara.
No fim é o meu coração que pesa,
e chora ao luar chuvoso do inverno.

Agora deposito a minha fé naqueles que cá ficaram,
que apesar de estarem longe e sentir toda esta revolta,
o meu desejo é que eles estivessem cá perto de mim,
e que todas aquelas doces memórias não se apaguessem.

E nada que vocês me digam irá apaziguar as dores
que tenho até hoje carregado sozinha no meu canto,
e vocês nunca me ouvem, nunca percebem o quão pouco
já considero os últimos anos que tenho por respirar.

Imagem: https://www.pixiv.net/en/artworks/71321535

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